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Compact House III

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PROGRAMA:
Habitação no Porto, PT
CLIENTE: Deolinda e Daniel Carvalho
ESTADO: Construída (2006)
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PROGRAM:
Residence in Porto, PT
CLIENT:
Deolinda e Daniel Carvalho
STATUS: Built (2006)

ARQUITECTURA: ZapGun (2004)
ESPECIALIDADES: A400
EMPREITEIRO GERAL:
MSerafim Lda.
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ARCHITECTURE: ZapGun (2004)
ENGINEERING: A400
GENERAL CONTRACTOR:
MSerafim Lda.

ESTUDO PRÉVIO v1.0 • PRELIMINARY STUDY v1.0

O projecto de uma casa geminada, no qual a irmã gémea (não forçosamente idêntica) ainda não está construída, cria sempre uma situação algo embaraçosa aos projectistas. Primeiro, tendo que respeitar as regras do loteamento, é apenas possível visualizar um contexto abstracto relativamente à casa vizinha, por outro lado, somos responsáveis pelo fornecimento do contexto ao projectista seguinte. Essa preocupação esteve sempre presente no projecto desta moradia, tentando facilitar a vida aos projectistas da porta ao lado.
Outra missão que se revelava ingrata, neste caso específico, era o facto dos clientes terem andado às voltas com outro projecto durante mais de um ano. Por isso, com toda a urgência, esperavam de nós o desenho da habitação que não tinham vislumbrado no projecto anterior e, ao mesmo tempo, a celeridade nas acções para recuperar o tempo perdido (e a solução ainda teria que passar pelas panóplias conhecidas da Câmara Municipal do Porto).
Em relação ao projecto propriamente dito, com as regras do loteamento a ditarem as cércias, cotas de piso e afastamentos, pouco haveria a pensar em relação à volumetria do edifício. E, após a definição do organigrama de distribuição programática, (quartos no andar de cima, zonas comuns no piso intermédio e a garagem, lavandaria e escritório/sala de convívio na meia-cave) surgiu espaço para pequenos detalhes, que neste tipo de intervenções, em áreas de construção tão restritas, resultam na total optimização de todas as dependências.
Com a impossibilidade legal de criar aberturas na fachada lateral, resolveu-se o problema da luminosidade da franja central da habitação através de uma janela superior voltada a Sul que, com luz natural, iluminaria as entradas dos quartos e, com o pequeno pé-direito duplo, as escadas e a sala comum. Explorou-se, também, a ideia de nicho (por nós tão apreciada) que se reflecte quer nas fachadas, com o deslocamento dos planos envidraçados para o interior, dando espaço a armários embutidos no interior, quer na sala comum que, com o desenho de nichos, dotam as paredes com funções múltiplas.

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